Selma Lagerlöf (1858–1940)

Selma Lagerlöf (1858–1940)


Selma Lagerlöf (1858–1940) foi uma escritora sueca, considerada uma das mais importantes autoras do país e a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1909. Nascida em Mårbacka, na Suécia, ela cresceu em uma família de classe média, e sua infância foi marcada pela perda de sua mãe quando ela tinha apenas 3 anos, o que a deixou profundamente afetada. Ela foi criada por seu pai, que lhe proporcionou uma educação rigorosa e encorajou seu amor pela literatura. Embora tenha estudado em várias instituições, incluindo a Universidade de Upsália, Selma teve dificuldades com a vida acadêmica, em parte devido a problemas de saúde, mas sempre se dedicou à escrita.


Selma Lagerlöf começou a escrever ainda jovem, e sua primeira obra significativa foi o romance "Gösta Berlings Saga" (1891), uma obra grandiosa e poética que explora a vida na região rural da Suécia e os desafios da busca pela redenção. O livro foi um grande sucesso e estabeleceu Lagerlöf como uma escritora de destaque. Sua escrita combinava uma forte conexão com o folclore sueco e uma profunda sensibilidade social, abordando temas como a moralidade, o amor, o destino e a luta interna do indivíduo.


Além de "Gösta Berlings Saga", Selma Lagerlöf escreveu muitos outros romances, contos e peças teatrais, mas sua obra mais conhecida fora da Suécia é "O Conto de Nils", uma história para crianças que foi escrita entre 1906 e 1907. Nesse livro, ela conta a história de Nils Holgersson, um jovem que, após um encontro mágico com um ganso selvagem, viaja pela Suécia, aprendendo lições de moralidade e ganhando uma nova perspectiva sobre o mundo. A obra foi um grande sucesso internacional e é considerada um clássico da literatura infantil, abordando com delicadeza e sabedoria temas como a natureza, a empatia e a transformação pessoal.


Selma Lagerlöf também se envolveu com causas sociais e foi uma defensora da educação e dos direitos das mulheres. Sua escrita refletia seu compromisso com a justiça social, e ela frequentemente usava seus romances para criticar as desigualdades de sua época. Durante a Primeira Guerra Mundial, ela se posicionou contra a guerra e, mais tarde, também foi envolvida em várias causas humanitárias, como o apoio aos refugiados.


Embora tenha vivido uma vida marcada por várias dificuldades pessoais, incluindo uma saúde frágil e questões relacionadas à sua orientação sexual, Selma Lagerlöf permaneceu uma figura pública respeitada, não apenas como escritora, mas também como defensora de um mundo mais justo. Ela morreu em 1940, mas seu legado literário continua vivo, com seus livros sendo amplamente lidos e estudados até hoje. A sua obra permanece como um exemplo de sensibilidade e profundidade emocional, e ela é lembrada como uma das maiores escritoras da literatura sueca e mundial.

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