A Galinha Ruiva - Penryhn Coussens


A Galinha Ruiva - Penryhn Coussens

Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo.


– Quem me ajuda a plantar este trigo? – perguntou aos seus amigos.

– Eu não – disse o cão.

– Eu não – disse o gato.

– Eu não – disse o porquinho.

– Eu não – disse o peru.

– Então eu planto sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!


E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro.


– Quem me ajuda a colher o trigo? – perguntou a galinha aos seus amigos.

– Eu não – disse o cão.

– Eu não – disse o gato.

– Eu não – disse o porquinho.

– Eu não – disse o peru.

– Então eu colho sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!

E foi isso mesmo que ela fez.


– Quem me ajuda a debulhar o trigo? – perguntou a galinha aos seus amigos.

– Eu não – disse o cão.

– Eu não – disse o gato.

– Eu não – disse o porquinho.

– Eu não – disse o peru.

– Então eu debulho sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!

E foi isso mesmo que ela fez.


– Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? – perguntou a galinha aos seus amigos.

– Eu não – disse o cão.

– Eu não – disse o gato.

– Eu não – disse o porquinho.

– Eu não – disse o peru.

– Então eu levo sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!

E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou:


– Quem me ajuda a assar essa farinha?

– Eu não – disse o cão.

– Eu não – disse o gato.

– Eu não – disse o porquinho.

– Eu não – disse o peru.

– Então eu asso sozinha – disse a galinha. – Cocoricó!

A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão.


– Quem quer comer esse pão? – perguntou a galinha.

– Eu quero – disse o cão.

– Eu quero – disse o gato.

– Eu quero – disse o porquinho.

– Eu quero – disse o peru.

– Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão! – disse a galinha. – Cocoricó.

E foi isso mesmo que ela fez.


Moral: Se queremos dividir a recompensa, devemos compartilhar o trabalho.


Do livro: O livro das Virtudes para Crianças.


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A Corrida de Sapinhos - Monteiro Lobato

A Corrida de Sapinhos - Monteiro Lobato

Era uma vez uma corrida de sapinhos.


Eles tinham que subir uma grande ladeira e, do lado havia uma grande multidão, muita gente que vibrava com eles.


Começou a competição.


A multidão dizia:


– Não vão conseguir! Não vão conseguir!


Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo. E a multidão a aclamar:

– Não vão conseguir! Não vão conseguir!


E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranquilo, sem esforço.


No final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele.


Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era SURDO!


Moral: Quando queremos fazer alguma coisa que precise de coragem não devemos escutar as pessoas que falam que você não vai conseguir. Seja surdo aos apelos negativos.


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O Caracol Invejoso

O Caracol Invejoso

O caracolzinho sentia-se muito infeliz. Via que quase todos os animais eram mais ágeis do que ele. Uns brincavam, outros saltavam. E ele aborrecia-se debaixo do peso de sua carapaça!


– Vê-se que meu destino é ir devagarinho, sofrendo todos os males! dizia ele, bastante frustrado.


Seus amigos e familiares tentavam consolá-lo, mas nada conseguiam.


– Caracolino, pense que, se a Natureza lhe deu essa carapaça, para alguma coisa foi, disse-lhe a tartaruga, que se encontrava em situação semelhante à dele.


– Sim, claro, para alguma coisa será! Pode explicar-me a razão? perguntava Caracolino, ainda mais chateado por receber tantos conselhos.


Caracolino tornou-se tão insuportável por suas reclamações, que todos o abandonaram. E ele continuava com sua carapaça às costas, cada vez mais pesada para o seu gosto.


Um dia, desabou uma tempestade. Choveu durante muitos dias. Parecia um dilúvio! As águas subiram, inundando tudo. Muitos dos animaizinhos que ele invejara, encontravam-se agora em grandes dificuldades. Caracolino, porém, encontrou um refúgio seguro. Dentro de sua carapaça estava totalmente protegido!


Desde então, compreendeu a utilidade de sua lenta e pesada carapaça. Deixou de protestar, tornando-se um animalzinho simpático e querido por todos.


Moral: Cada característica tem seu benefício e seu malefício


Autor Desconhecido.


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A Princesa e o Sapo

A Princesa e o Sapo

Era uma vez uma jovem princesa que adorava brincar com sua bola dourada. Um dia, ela brincava próximo do lago real quando, sem querer, deixou o lindo objeto cair na água.


Ela ficou muito triste, pois não queria entrar no lago para resgatar a bola e molhar seu belo vestido.


Vendo a frustração da garota, um sapo que estava por perto disse:


— Ó princesa, porque está tão triste?


E ela respondeu:


— Minha bola de ouro caiu no lago e não posso pegá-la.


— Então deixe que eu pegue para você! Mas depois você deve me dar um beijo! - falou o sapo.


A jovem pensou um pouco, mas aceitou o combinado e prometeu cumprir a palavra.


Mas depois que a bola foi entregue, ela saiu correndo sem olhar para trás. O sapo ficou decepcionado e passou a cobrar a jovem sempre que a encontrava.


Um dia, já cansado, ele toma uma atitude. O sapo vai até o rei e explica o ocorrido, dizendo que sua filha não estava cumprindo com o combinado.


O rei chama a princesa, conversa com ela e diz que não devemos prometer coisas que não queremos cumprir.


Assim, a princesa toma coragem e beija o sapinho, que vira em um lindo príncipe. Ele então explica que uma feiticeira lhe transformou em sapo e que o encanto só seria quebrado com um beijo de princesa.


A partir de então, os dois ficam amigos e depois se apaixonam. Mais tarde eles se casam e vivem felizes para sempre.


Interpretação


A história traz elementos que sugerem que a protagonista está crescendo, amadurecendo. Podemos também destacar a importância de cumprir com a palavra. Isto é, não podemos prometer coisas que não pretendemos cumprir.


Claro que há compromissos que não conseguimos realizar, mas no momento que prometemos, a promessa deve ser sincera e não para conseguir algo em troca. Ou seja, não devemos usar outras pessoas para ter algum ganho.


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Rapunzel - Irmãos Grimm

Rapunzel - Irmãos Grimm

Era uma vez um casal muito pobre que morava em casa humilde. Eles estavam esperando um bebê.


Tinham como vizinha uma senhora muito estranha, diziam que era uma bruxa.


Certo dia, a mulher grávida acordou com muita vontade de comer as hortaliças que sua vizinha cultivava na horta.


Então, o marido tomou coragem e pegou algumas hortaliças sem pedir para a velha senhora.


Quando a bruxa viu o homem pegando suas verduras, ela ficou furiosa. Ele então explica que eram para sua mulher, que estava grávida e com desejo.


A vizinha fica contente com a revelação e diz que ele poderia levar quantas verduras quisesse, contanto que entregasse a criança assim que nascesse.


O trato é feito. Quando a mulher deu à luz, o marido entregou a menina para a vizinha.


A bruxa dá o nome de Rapunzel para a criança e cuida dela até os 12 anos, quando a prende em uma alta torre no meio da floresta.


A menina vive sozinha na torre e deixa seus cabelos crescerem. Para diminuir sua solidão, ela vivia cantando uma doce melodia que ecoava pela floresta.


Os longos cabelos de Rapunzel foram trançados e serviam de corda para que a bruxa subisse na torre de vez em quando.


Sempre que a bruxa chegava à torre, ela gritava:


— Jogue as tranças, Rapunzel!


Um dia, um príncipe que cavalgava por perto e já tinha ouvido o canto de Rapunzel, viu a cena da velha subindo pelos cabelos da moça. Ele fica curioso e, passado algum tempo, decide também gritar:


— Jogue as tranças, Rapunzel!


A moça joga o cabelo e o rapaz sobe ao seu quarto. Ela se assusta, mas depois eles ficam amigos.


As visitas do príncipe se tornam frequentes, até que eles se apaixonam.


Mas a bruxa acaba descobrindo as visitas do príncipe e, numa crise de maldade, corta os cabelos da filha adotiva e a abandona na floresta.


O príncipe vai visitar sua amada e sobe pelos cabelos (que continuaram servindo como corda). Mas ao chegar lá em cima, a bruxa o atira pela janela. Ele cai e fica gravemente ferido, perdendo ainda a visão.


Então o príncipe passa a andar cego e sem rumo pela mata. Ao ouvir o canto de Rapunzel, reconhece sua voz e vai até ela.


Os dois se abraçam e as lágrimas da amada caem sobre seus olhos, lhe devolvendo a visão.


Assim, eles se casam e vivem felizes para sempre.


Interpretação


Rapunzel faz parte das histórias compiladas pelos irmãos Grimm, escritores alemães que recolheram muitos contos de tradição popular no século XIX.


Nesse conto, o que vemos é uma garota aprisionada que usa os cabelos como corda para se conectar com o mundo.


A narrativa fala sobre liberdade e amor. Mesmo presa, a protagonista consegue chamar a atenção do príncipe através de canto. Ou seja, ela buscou a arte para poder sair de sua prisão.


No início, quem a salva é o príncipe, mas depois, é ela quem o salva ao restaurar sua visão com suas lágrimas de amor.


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Cachinhos Dourados

Cachinhos Dourados

Numa floresta muito distante, caminhava despreocupada uma menininha de cabelos loiros e cacheados.


A menina era bastante curiosa e ao avistar uma casa, logo entrou para ver como era. Cachinhos dourados, como era conhecida, não sabia que aquela casa era de uma família de ursos. Os moradores tinham saído para passear e deixaram suas tigelas com mingau esfriando em cima da mesa.


Quando Cachinhos viu os pratos com mingau, provou um por um. O primeiro estava frio, o segundo quase queimou sua língua de tão quente. Já o terceiro ela comeu tudo, pois estava morno e muito gostoso.


Depois, a menina viu três cadeiras. A primeira era desconfortável e dura, a segunda muito grande, e a última era do seu tamanho. Mas ao sentar nela, acabou quebrando-a.


Cansada, Cachinhos vai então até os quartos da casa e experimenta as três camas. Novamente, a primeira cama não serviu pra ela, pois era muito dura. A segunda era mole demais. A terceira caminha era perfeita, então ela se aconchegou e dormiu profundamente nela.


Quando voltaram do passeio, mamãe ursa, papai urso e o filhinho urso, viram que seus mingaus haviam sido mexidos. O ursinho ficou triste porque não tinha mais alimento em sua tigela.


Em seguida, viram suas cadeiras fora de lugar e mais uma vez o ursinho se chateou porque a sua estava quebrada.


Os três correram então para os quartos. Mamãe e papai urso viram que suas camas estavam reviradas e o filhinho começou a chorar ao ver que tinha uma garotinha dormindo em sua cama.


Ao ouvir a confusão, Cachinhos despertou e, envergonhada, disse que nunca mais entraria na casa dos outros sem ser convidada.


Interpretação


Em Cachinhos Dourados, o tema que está por trás da narrativa é o crescimento, a saída da primeira infância. Através de metáforas, a garota tenta vivenciar o papel dos pais, mas se sente confortável ocupando o espaço do filhinho.


Apesar disso, percebe que já não cabe mais nesse lugar de criancinha, pois ao sentar-se na pequena cadeira, esta se quebra. Assim, quando a família chega, ela, que estava adormecida, absorvendo as vivências, desperta e se dá conta que deve viver um novo momento em sua vida.


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Patinho Feio - Hans Christian Andersen

Patinho Feio - Hans Christian Andersen

Era uma vez uma pata que tinha botado cinco ovinhos. Ela esperava ansiosa seus filhos nascerem.


Um dia, as cascas começam a se quebrar e os filhotes foram saindo um por um. Todos eram muito bonitos, mas o último era um pouco esquisito.


Então a pata olhou para ele e disse:


— Que patinho estranho! Tão diferente, não acredito que é meu filho!


Os irmãos também rejeitaram o patinho, assim como toda a bicharada do lugar.


O pato foi crescendo muito triste e solitário, pois sentia que ninguém gostava dele.


Assim, tem a ideia de sair daquele lugar para buscar a felicidade.


Ele encontra um homem que o leva para casa, mas lá havia um gato e eles não se deram bem.


Depois ele continua sua busca e chega em um lago, onde avista várias aves lindas nadando, contentes. Eram cisnes!


As aves olham para ele e o convidam para se juntar a elas. O patinho, ainda meio surpreso, vai até lá. Quando chega, percebe que aquelas aves maravilhosas eram parecidas com ele. Ao olhar seu reflexo nas águas, vê que ele era igual a elas mesmo! Ele não era um pato, ele era um cisne!


E assim, ao encontrar sua verdadeira família, o patinho (que não era pato!) vive feliz para sempre.


Interpretação


O conto, de autoria de Hans Christian Andersen, data de 1843. Nele, há várias situações que exibem a busca por pertencimento e aceitação.


O patinho, nascido em uma família que não o reconhecia como um igual, parte em uma jornada de autoconhecimento e acaba então sendo acolhido.


A história nos mostra a importância de estarmos cercados de pessoas que nos valorizam. Revela ainda a necessidade de nos afastarmos de situações que tiram nossas energias e diminuem a autoestima.


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João e o Pé de Feijão

João e o Pé de Feijão

Era uma vez um garotinho muito pobre. Seu nome era João e ele vivia com a mãe em uma casa simples afastada da cidade.


Os dois estavam passando por dificuldades e não tinham mais o que comer. A única coisa que tinham era uma vaca, mas ela não dava leite, pois estava muito velha.


Um dia a mãe de João disse para ele levar o animal para a cidade e tentar vendê-lo, só assim poderiam ter algum dinheiro naquele mês.


O menino então obedeceu sua mãe e saiu com a vaca. No meio do caminho, porém, ele encontrou um sujeito bem misterioso que lhe ofereceu um punhado de feijões em troca da vaca. O homem disse que os grãos eram mágicos e que deveriam ser plantados naquele dia.


João aceita a troca e volta satisfeito e confiante para a casa.


Mas quando sua mãe descobriu que o filho tinha vendido a vaca por uns simples feijões, não acreditou na história de que eram mágicos e os atirou pela janela, furiosa.


João ficou muito triste e foi dormir contrariado.


Acontece que no meio da noite algo incrível aconteceu. As sementinhas brotaram e um pé de feijão gigantesco cresceu no quintal.


Ao acordar, João quase não acreditou, ele achou que ainda estava sonhando. Mas era real!


O menino então não pensou duas vezes, saiu correndo em direção à árvore e começou a subir.


A escalada não foi fácil e ele sentiu medo, pois era uma árvore muito alta que chegava até o céu.


Quando João finalmente chegou no topo ele percebeu que estava entre as nuvens. O garoto então desceu e se deparou com um lugar muito diferente onde havia um enorme castelo.


Assim, ele se aproximou do castelo com cuidado e encontrou uma senhora. Eles conversaram e ela contou que ali morava um gigante malvado, então escondeu o menino no castelo enquanto o gigante dormia.


Depois de dormir muito, o gigante acordou e, apesar de ainda estar com sono, estava morrendo de fome! Ele tinha um ótimo olfato e logo sentiu cheiro de criança.


Mas a mulher fez uma grande refeição para ele, o que o deixou mais calmo. Assim, satisfeito, ele pediu que a sua galinha encantada botasse ovos de ouro para ele e que sua harpa tocasse música sozinha.


Enquanto isso, João assistia fascinado a tudo aquilo.


O gigante, que era muito preguiçoso, dormiu novamente. João então aproveitou o momento e, enquanto a senhora estava fazendo outras tarefas, pegou a galinha e a harpa e fugiu em direção ao pé de feijão.


O gigante percebeu e foi atrás do menino, mas a essa altura, ele estava longe e já descia pela árvore.


João consegue descer bem rápido e o gigante também começa a descer, mas quando o garoto chega, corta a grande árvore.


O gigante então cai de lá de cima, estatelado no chão e não levanta mais.


João agora com a galinha dos ovos de ouro consegue ganhar dinheiro e ter prosperidade. Sua mãe fica feliz!


A senhora que era empregada do gigante se torna a dona do castelo e também vive feliz no céu.


Interpretação


Em João e o pé de feijão, temos uma história que fala sobre a separação entre mãe e filho e a autonomia.


O menino está em busca de novas experiências, e tendo a intuição como guia, adquire as sementes que farão com que suba ao” desconhecido”.


Assim, esse caminho é difícil e dá medo, mas é preciso fazê-lo. Ao chegar, o garoto se depara com situações em que é necessário ter cuidado e enfrentar o “gigante”, que simboliza aspectos de sua própria identidade, como a vaidade e o egoísmo.


Mas há sucesso nessa busca e, ao voltar da jornada, João traz consigo as riquezas que ganha com o processo.


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