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No coração das montanhas de Goiás, onde os rios serpenteiam entre as pedras e o vento canta entre as árvores, vivia um pato-mergulhão chamado Rúben. Conhecido por seu mergulho elegante e por suas penas negras brilhantes, Rúben era o guardião de um rio que corria límpido e cheio de vida.
— Este rio é minha casa — dizia ele, deslizando na água cristalina.
Mas com o passar dos anos, o rio começou a mudar. Chegaram coisas estranhas que deixavam a água turva e o ar pesado. Plásticos, restos de lixo e produtos químicos começavam a poluir as margens.
— O que está acontecendo com o nosso rio? — perguntou Rúben preocupado a sua amiga, a jacurutu-goiano chamada Tina.
— É a poluição — respondeu Tina com tristeza. — Os humanos têm esquecido a natureza, e o rio está sofrendo.
Rúben sentia uma dor profunda. O rio que um dia fora palco de brincadeiras, canto dos beija-flores do cerrado e dança das borboletas agora parecia um rio esquecido.
Decidido a agir, Rúben reuniu os animais da floresta e das margens para conversar.
— Não podemos deixar que nosso rio desapareça — disse ele. — Precisamos lembrar da sua memória, da vida que já viveu, e lutar pela sua recuperação.
A reunião contou com a presença do tamanduá-bandeira de Goiás, Cauã, e do tímido macaquinho-prego do cerrado, chamado Piti.
— A poluição é um problema grande — falou Cauã —, mas juntos, com cooperação, podemos mostrar que a natureza pode se curar.
— Precisamos ensinar os humanos a respeitar o rio — acrescentou Piti.
E assim começou a missão de Rúben. Ele e seus amigos passaram a limpar as margens, recolher o lixo e espalhar sementes das árvores nativas, como o ipê amarelo e a pequi.
Rúben também aprendeu histórias antigas com a sábia coruja-buraqueira do cerrado, chamada Nina, que falava sobre o equilíbrio entre homem e natureza.
— O rio é uma memória viva — dizia Nina —, e quando ele sofre, todos nós sofremos.
Com coragem e determinação, Rúben nadava cada vez mais fundo, procurando ensinar outros peixes e animais aquáticos a cuidar da água.
Um dia, um grupo de crianças que visitava o parque natural encontrou os animais reunidos e ficou admirado com os desenhos feitos na areia e as pequenas mudas plantadas.
— Vocês estão cuidando do rio? — perguntou uma menina, encantada.
— Sim — respondeu Rúben com um aceno —, porque quando protegemos a natureza, protegemos nosso futuro.
As crianças então começaram a levar a mensagem para suas famílias e escolas, promovendo campanhas de limpeza e preservação do rio.
Com o tempo, o rio começou a mostrar sinais de recuperação: a água voltou a ficar clara, os peixes nadavam livres, e o canto dos pássaros retornava mais forte.
Rúben sentia seu coração pulsar de alegria ao ver a natureza se renovando.
— O rio está vivo porque nunca esquecemos seu valor — disse ele a Tina, sob a sombra de uma árvore florida.
A lição de moral dessa fábula corre como as águas que buscam a vida:
“A memória da natureza é guardada por aqueles que a amam. A verdadeira conservação nasce do respeito e do esforço coletivo para recuperar o que foi esquecido.”
E assim, entre os rios e matas de Goiás, o pato-mergulhão Rúben virou símbolo de esperança e cuidado, lembrando a todos que proteger a natureza é proteger a vida que habita nela — e em nós.
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