Enquanto dois touros furiosamente lutavam pela posse exclusiva de certa campina, as rãs novas, à beira do brejo, divertiram-se com a cena.
Um rã velha, porém, suspirou.
- Não se riam, que o fim da disputa vai ser doloroso para nós.
- Que tolice! - exclamaram as rãzinhas. - Você está caducando, rã velha!
A rã velha explicou-se:
- Brigam os touros. Um deles há de vencer e expulsar da pastagem o vencido. Que acontece? O animalão surrado vem meter-se aqui em nosso brejo e ai de nós!...
Assim foi. O touro mais forte, à força de marradas, encurralou no brejo o mais fraco, e as rãzinhas tiveram de dizer adeus ao sossego. Inquietas sempre, sempre atropeladas, raro era o dia em que não morria alguma sob os pés do bicharoco.
É sempre assim: brigam os grandes, pagam o pato os pequenos.
Interpretação e moral da história
Na fábula do touro e das rãs é a rã velha que aparece como sendo a detentora da sabedoria por muito ter experienciado.
Enquanto as rãs novas se divertem com a cena inusitada da batalha entre os touros, a rã velha, com base naquilo que viveu no passado, é capaz de fazer previsões para o futuro alertando os mais jovens no presente.
A anciã, de fato, afinal parece ter razão. A fábula assim ensina os pequenos a ouvirem atentamente os mais velhos e a aprenderem com eles.
A moral nos traz uma dura verdade transmitida ao leitor iniciante. Muitas vezes, ao longo da vida, iremos nos deparar com situações onde as vítimas reais não têm nada a ver com aqueles que iniciaram o conflito e, no entanto, são elas que acabam por pagar pela história.
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