Um lobo e um cordeiro se encontraram em uma margem de um rio, onde ambos estavam bebendo água. O lobo estava posicionado montante, enquanto o cordeiro estava bebendo água mais abaixo, onde a correnteza fluía.
O lobo, sendo um predador natural e faminto, começou a procurar uma desculpa para atacar o cordeiro. Ele começou acusando o cordeiro de sujar a água, impedindo-o de beber. No entanto, o cordeiro, com humildade e sinceridade, tentou se defender.
O cordeiro explicou que era impossível que ele tivesse sujado a água, pois estava bebendo água corrente e qualquer sujeira que ele pudesse ter causado teria sido levada pela correnteza até o lobo. Além disso, o cordeiro lembrou ao lobo que ele era apenas um cordeiro indefeso e que o lobo era muito mais forte e poderoso.
No entanto, o lobo, determinado a capturar a sua presa, não estava disposto a aceitar a lógica do cordeiro. Ele continuou a acusar o cordeiro e a aumentar suas ameaças. Finalmente, em um ato de pura injustiça e predatória crueldade, o lobo declarou: "Bem, se não foi você, foi seu pai." Em seguida, atacou e devorou o cordeiro sem qualquer justificativa real.
Moral:
A moral da história é que os opressores muitas vezes usam desculpas injustas e infundadas para justificar suas ações opressivas. A fábula denuncia a hipocrisia e a crueldade dos poderosos que tiram vantagem dos mais fracos, mesmo que suas justificativas sejam claramente falsas. Ela ensina a importância de resistir à injustiça e de se opor à opressão, mesmo quando as autoridades ou os poderosos estão envolvidos.
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